De aliado a protagonista: o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) oficializou sua entrada na corrida pelo Governo de Rondônia em 2026. A pré-candidatura, que vinha sendo tratada com discrição até então, agora está declarada, com direito a entusiasmo, convicção e aquele toque espiritual que não falta nos discursos do parlamentar.
Conhecido por seu trabalho na saúde e por uma atuação intensa em pautas sociais, Máximo vem construindo seu caminho com base em projetos de forte apelo popular. Mas engana-se quem acha que a movimentação é apenas institucional. Por trás do tom cordial, o deputado há tempos decidiu que cumpriu seu papel como fiel escudeiro do governo estadual. A sensação de “injustiçado” paira no ar, mas sem qualquer rompante, a crítica, se existe, é sutil, quase elegante. A estratégia é mirar o futuro com os pés ainda na base que o projetou.
Sem grandes ataques ou rompimentos dramáticos, Máximo apenas muda de cadeira no tabuleiro político e passa a ocupar o espaço de quem quer decidir, e não só apoiar. Seu discurso mescla convicção com prudência: diz que ainda está refletindo, conversando com lideranças e pedindo direção divina. Mas a vontade de disputar o cargo mais alto do Executivo estadual não parece mais caber dentro das entrelinhas.
Enquanto muitos aguardam o calendário eleitoral para tomar posição, Máximo sai na frente, com fé, números e capital político acumulado. E embora não levante bandeiras de confronto, a mensagem é clara: o ex-aliado agora quer ser líder.
Em Rondônia, onde os bastidores falam alto e os sorrisos nem sempre significam paz, a movimentação do deputado indica que 2026 já começou, e que alguns laços podem continuar firmes… até deixarem de ser.
Redação
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