
Porto Velho vive dias de tensão que mais parecem saídos de um roteiro de ação mal escrito. Na madrugada desta quarta-feira (15), o distrito de União Bandeirantes foi palco de uma nova ofensiva criminosa que destruiu vários ônibus escolares estacionados na Escola Municipal Três de Dezembro. O saldo? Quinze ônibus queimados em apenas 48 horas.
Na noite anterior, cinco ônibus escolares já haviam sido consumidos pelas chamas na Escola Vicente Rondon, no distrito de Jaci-Paraná. Não satisfeitos em mirar apenas os transportes escolares, os criminosos também incendiaram seis ônibus de uma empresa particular no bairro Aeroclube.
Quando ônibus não bastam, viaturas entram na lista
A ousadia dos ataques atingiu outro patamar quando uma viatura da Polícia Militar foi incendiada em uma empresa de manutenção no bairro Floresta. Como se não fosse o bastante, outra investida ocorreu contra viaturas estacionadas em outra empresa no bairro Nova Porto Velho, onde criminosos dispararam tiros e lançaram coquetéis molotov.
Ainda no clima incendiário, um caminhão foi queimado no pátio de um posto de combustíveis na zona Leste. O rastro de destruição deixou moradores perplexos e autoridades em alerta máximo.
Força Nacional entra em cena
A escalada de violência levou o governo a acionar a Força Nacional de Segurança, que deve reforçar as operações policiais nos próximos dias. A Polícia Militar promete intensificar ações para conter o que já é descrito como um desafio direto à ordem pública.
Enquanto isso, moradores de Porto Velho assistem a esses atos de vandalismo com uma mistura de medo e incredulidade, aguardando respostas concretas para o que parece ser uma guerra particular contra a tranquilidade da cidade.
O desfecho dessa novela ainda é incerto, mas uma coisa é clara: seja ônibus, caminhão ou viatura, nada parece estar a salvo das chamas que têm consumido mais do que veículos, mas também a sensação de segurança dos porto-velhenses.